A série da Netflix está aí, fazendo muito sucesso! Porém, The Witcher é uma franquia antiga, que envolve livros, jogos e, agora, a série estrelada por Henry Cavill. Este post apresenta tudo o que você precisa saber a respeito da incrível Saga do Bruxo Geralt de Rívia, e muito mais!
Dizer que Andrzej Sapkowski vive hoje seu melhor momento não é nenhum exagero. Sua obra mais aclamada, The Witcher (A Saga do Bruxo Geralt de Rívia), está fazendo enorme sucesso.
Tal sucesso deve-se à série da Netflix, que estreou há pouco tempo. Mas não só a isto, afinal, existem os jogos de videogame, que levaram a marca “The Witcher” a outro patamar.
E aí, você está curtindo esta vibe de série de fantasia medieval, que mistura monstros, magia, batalhas épicas, etc.? Está curioso para saber mais a respeito desse universo, que engloba literatura, games e séries televisivas? Então continue a ler este post, pois ele foi escrito especialmente para você!
Conteúdo deste post:
1. O Pai do Bruxo
2. O Pai Brasileiro do Bruxo
3. Os Livros
4. Os Videogames
5. Série da Nerflix
6. A Série da Netflix Não Foi a Primeira
7. O Que Esperar Agora?
O Pai do Bruxo

Andrzej Sapkowski é um senhor polonês que vive em Łódź. Ele nasceu nesta cidade, e também foi lá onde se graduou em Economia, pela Universidade de Łódź.
Apesar do sucesso literário, nem sempre viveu da escrita. Por muito tempo trabalhou para uma empresa estrangeira, com vendas. Contudo, era grande fã de fantasia e ficção científica, o que justifica seu primeiro trabalho com literatura ter sido o de tradutor de ficção científica.
Vale lembrar que a Polônia é um país que possui raízes no campo da ficção científica, principalmente com Stanisław Lem, autor de Solaris. Sobre esta obra, eu já falei neste post.
Na década de 1980, a revista polonesa Fantastyka fazia bastante sucesso. Conhecida por publicar contos de fantasia e ficção científica, muitos autores enviavam seus trabalhos à revista, esperando serem publicados.
Por impulso, Sapkowski acabou escrevendo seu primeiro conto, para participar de um concurso realizado pela Fantastyka. Tratava-se de Wiedźmin (O Bruxo), o primeiro conto do livro O último desejo.
Detentor de conhecimentos econômicos e do marketing, Sapkowski sabia vender. Não foi surpresa ele ter obtido o terceiro lugar no concurso. A revista publicou seu conto em 1986. Leitores e crítica elogiaram o trabalho.
Percebendo que o protagonista de seu conto havia feito grande sucesso, o autor passou a escrever novas histórias envolvendo as aventuras de Geralt de Rívia, bruxo, exímio caçador de monstros.
Desde então o sucesso de Andrzej Sapkowski só aumentou. Seus livros já foram traduzidos para mais de vinte idiomas. Em seu país, ele é tratado como um grande mestre, um dos autores mais aclamados pela população. Há cerca de dez anos, mais ou menos, seu sucesso internacional foi alavancado.
Com toda certeza, a série de jogos para videogame, produzida pela CD Projekt, contribuiu para esse sucesso internacional. Hoje, aos 71 anos de idade, com a série produzida pela Netflix, o autor vive seu auge.
O Pai Brasileiro do Bruxo
Quando o primeiro livro da saga The Witcher foi publicado no Brasil, em 2011, pouco se conhecia sobre a obra. Como referência, tínhamos o primeiro videogame, que havia sido lançado em 2007, somente para PC.
O game não fizera grande sucesso. O segundo jogo seria publicado em 2011, em maio. Entretanto, não havia um grande hype. Ou seja, o público brasileiro não conhecia, muito menos aguardava o bruxão.
Um cenário assim não parece favorável, por isso a WMF Martins Fontes, editora que publica a Saga de Geralt de Rívia no Brasil, estava muito receosa em realizar tal investimento. Publicar uma série de livros pouco conhecida pode ser muito arriscado, ainda mais do ponto de vista financeiro.
Quem incentivou e convenceu a editora a publicar os livros foi o tradutor Tomasz Barciński. Se a WMF Martins Fontes vende muitos livros da série atualmente, muito se deve à insistência do tradutor. Outra editora poderia ter comprado os diretos de publicação, por exemplo.
Tomasz nasceu na Polônia em 1936 e mudou-se com sua família para o Brasil em 1947. Após se especializar em engenharia econômica na Escola Nacional de Engenharia, trabalhou por muitos anos nas indústrias de tabaco e cerveja.
Quando se aposentou, em 1999, passou a se dedicar à tradução. Com o desejo de difundir no Brasil a literatura polonesa, dedicou-se à tradução de obras de sua terra natal.
Ele conhecia o sucesso que as obras de Andrzej Sapkowski faziam na Polônia e em alguns países da Europa. Tal sucesso deveria ser difundido em terras tupiniquins; para ele o investimento seria certeiro. E como ele estava certo!
Claro que no início os livros não venderam quantias absurdas, todavia, com o passar do tempo e com a marca The Witcher se tornando cada vez mais popular, as vendas aumentaram (e podem aumentar ainda mais).
Infelizmente, Tomasz Barciński não conseguiu traduzir todos os livros da Saga do Bruxo Geralt de Rívia, pois faleceu no dia 26 de abril de 2014. Uma grande pena, entretanto, os fãs das obras de Sapkowski devem muito a esse tradutor, que recebeu diversas homenagens do governo polonês por conta de sua contribuição na divulgação da cultura e literatura polonesas no Brasil.
Sem ele, talvez, Geralt nem seria um bruxo por aqui, já que o termo original, Wiedźmin, é de difícil adaptação (seria algo como “bruxeador” em uma tradução direta).
Os fãs guardam no coração a contribuição de Tomasz Barciński, não há dúvida!
Confira uma entrevista com o Tomasz, realizada pelo pessoal do Café com Games:
Os Livros
São sete os livros que compõem a Saga do Bruxo Geralt de Rívia. Além das obras principais, há também um romance spin-off, e, além disso, o universo de The Witcher aparece em alguns contos que Sapkowski publicou em antologias posteriores à conclusão da saga.
No Brasil, a WMF Martins Fontes publicou, até o momento, os sete livros que compõem a saga e o romance spin-off.
Os dois primeiros livros são antologias de contos. Apesar de não serem histórias relacionadas, são muito importantes. Os contos apresentam os personagens principais e todo o pano de fundo do universo do bruxo. Ademais, muitos detalhes dessas narrativas curtas são de grande importância para o desfecho dos romances e da saga como um todo.
Por isso, não pense em ler apenas a pentalogia de romances, ou você ficará completamente perdido! Todos os livros são importantes, e você deve ler todos se quiser compreender a história.
Ainda que em termos técnicos Sapkowski não seja o melhor escritor do mundo, a história do bruxo Geralt possui o grande trunfo de apresentar um humor sarcástico, belas cenas de ação, personagens pelos quais os leitores se importam e, acima de tudo, o mundo não é dividido entre o bem e o mal; cada personagem possui seus motivos, são tons de cinza.
O mundo no qual o protagonista está inserido é recheado de criaturas fantásticas, monstros, dragões, reinos, reis, feiticeiras(os), anões, elfos e profecias antigas, além de muita intriga política. As obras conseguem se aproximar do mundo atual ao apresentar os personagens não-humanos (elfos e anões, por exemplo) sofrendo preconceito e perseguição. Nem os bruxos escapam disso!
Vamos conhecer os livros? Fique tranquilo, é sem spoilers (nada comprometedor, ao menos)!
O Último Desejo

Este é o livro que apresenta Geralt de Rívia, um bruxo, um humano que sofreu inúmeras mutações em sua infância e adolescência, criado para ser um matador de monstros. Também são apresentados outros personagens importantes, como Jaskier, o bardo, grande amigo de Geralt (conhecido como Dandelion nos jogos); Yennefer de Vengerberg, uma poderosa feiticeira; O rei Foltest de Temeria; Duny, uma figura misteriosa e muito importante; e Calanthe, a rainha de Cintra.
A antologia apresenta seis contos: O bruxo; Um grão de veracidade; O mal menor; Uma questão de preço; Os confins do mundo; e O último desejo. Há um conto (A voz da razão) que permeia todo o livro, uma história que se desenvolve ao final de cada um dos contos.
Cada história coloca Geralt em situações distintas, o que apresenta muito bem sua personalidade: um homem sagaz, que sabe que o mundo é cheio de defeitos, mas um homem que faz de tudo para ajudar aqueles pelos quais se importa.
Na Polônia, foi publicado pela primeira vez em 1993. A primeira publicação brasileira ocorreu em 2011.
A Espada do Destino

Cronologicamente, este é o segundo livro da saga. Contudo, na Polônia, foi publicado em 1992, ates de O último desejo.
Trata-se, também, de uma reunião de contos. São eles: O limite do possível; Um fragmento de gelo; O fogo eterno; Um pequeno sacrifício; A espada do destino; e Algo mais.
Nesta obra, há a presença de uma personagem importantíssima, que é a princesa Cirilla, ou simplesmente Ciri, neta de Calanthe. Ela é dotada de poderes misteriosos e desempenha um papel de protagonismo na saga. Geralt e ela estão ligados pelo destino, daí o título do livro!
Outra situação importante que é apresentada ao leitor é o ímpeto expansionista do império de Nilfgaard, que entra em guerra com os reinos do Norte. Muito mais que a conquista territorial, o império e seu monarca, Emhyr var Emreis, querem a jovem Ciri, por algum obscuro motivo (que não posso revelar).
Aqui no Brasil a obra chegou em 2012.
O Sangue dos Elfos

Eis o primeiro romance que compõe a pentalogia. Como o título indica, os elfos terão um importante papel no desenrolar dos fatos.
Com a presença do exército de Nilfgaard próximo aos reinos do Norte, os reis se unem para discutir o que fazer a respeito disso. Intrigas políticas se iniciam entre as feiticeiras. Há um grande clima de conspiração.
A relação entre Ciri e Geralt se desenvolve e as feiticeiras Yennefer e Triss Merigold demonstram grande interesse pela garota. Assim como o jovem e poderoso mago Vilgefortz de Roggeveen, personagem que será um grande pesadelo ao longo da saga.
Kaer Morhen, a fortaleza e Escola do Lobo, onde Geralt recebeu seu treinamento, é apresentada, assim como seus amigos bruxos, o mestre Vesemir, Coën, Eskel e Lambert.
Publicado pela primeira vez em 1994, o romance chegou às livrarias brasileiras no início de 2013.
Tempo do Desprezo

Publicado originalmente em 1995, e em 2014 no Brasil, o romance inicia exatamente de onde o anterior termina.
O leitor conhecerá, finalmente, as reais intenções das feiticeiras, dos reis do Norte e do império nilfgaardiano, sem falar da profecia do Sangue Antigo, que envolve Ciri.
Um importante evento ocorre na ilha de Thanedd: um golpe de Estado que gera uma grande carnificina. Descobrimos que Geralt, apesar de poderoso e habilidoso, nem sempre se dá bem.
Este incidente mexe com todos os reinos e tudo indica que haverá guerra, afinal é tempo de desprezo, tempo da espada e do machado!
Um Minuto de Silêncio
A partir do próximo livro, a tradução passou para as mãos de Olga Bagińska-Shinzato, devido à morte de Tomasz Barciński. Dessa forma, podemos dizer que ela é a mãe do bruxo em nosso país, já que continuou o trabalho iniciado por Barciński de maneira espetacular.
Olga é polonesa e vive em Varsóvia. Graduada em linguística, leciona na Universidade de Varsóvia, onde ensina literatura brasileira e português no padrão brasileiro.
Com um currículo desse, a continuidade da tradução das aventuras de Geralt não poderia ter ficado em melhores mãos! Ela mandou muito bem!
Assista a uma entrevista com Olga, realizada pelo canal Vale do Pontar:
Batismo de Fogo

Os poloneses conheceram o livro em 1996, já nós brasileiros, em 2015. Agora que muitos segredos foram revelados, o tempo pode ser um problema, cada minuto é importante.
Geralt se encontra na floresta de Brokilon, onde se recupera. Nesse ínterim, ele conhece Milva, uma experiente arqueira. Com muita pressa, rapidamente o bruxo parte, acompanhado por sua nova amiga e Jaskier, em busca de Ciri, que desaparecera.
Nessa jornada, o bruxo encontrará novos companheiros, como Cahir, Regis, um vampiro, e um bando de anões, liderado por Zoltan Chivay.
Ao longo dessa caminhada, o grupo enfrentará a guerra que está acontecendo. Enquanto isso, Yennefer corre perigo, pois a Loja das Feiticeiras a enxerga como um empecilho.
Ciri, que havia desaparecido, acaba se juntando a um grupo de bandoleiros, os Ratos.
Que tal ler minha resenha sobre este livro? Basta clicar AQUI!
A Torre da Andorinha

Ciri ainda corre perigo, já que muita gente a procura, como o perigoso Leo Bonhart.
Já Geralt e seu grupo, continuam em busca da jovem, enfrentando inúmeros desafios para atingir tal objetivo. É quando o bruxo encontra o elfo Avallac’h, que lhe fala mais a respeito da antiga profecia envolvendo o sangue antigo.
Yennefer também procura por Ciri, porém, ela possui uma missão mais importante no momento: encontrar Vilgefortz, que também demonstra interesse pela profecia antiga.
O que esperar deste livro? Muitas revelações, que vão deixar os leitores de queixos caídos!
Obra de 1997, chegou ao Brasil em 2016.
A Senhora do Lago

No ano de 1999, Sapkowski concluiu a Saga de Geralt de Rívia com este livro. Os leitores brasileiros puderam conhecer o desfecho dessa incrível jornada em 2017.
Num primeiro momento, a WMF Martins Fontes publicou a obra em dois volumes, mesmo não se tratando de um livro extenso. Felizmente, hoje já existe um volume único!
Bem, amigos, é aqui onde tudo fará mais sentido, segredos serão revelados. Haverá batalhas épicas, mortes de personagens queridos e detalhes de O último desejo serão de grande importância agora!
Conheceremos mais sobre os elfos, as profecias, os mundos e sobre a Caçada Selvagem, um grupo de espectros que cavalga pelos céus, causando caos por onde passa.
A saga termina de maneira interessante, apesar de não muito feliz. Ao final, nota-se que Sapkowski soube muito bem dar novos ares a histórias antigas, misturando o folclore de diversas culturas e criando um universo original e fantástico.
Conheça mais sobre este livro AQUI!
Tempo de Tempestade (Romance Spin-Off)

O romance se passa entre os contos de O último desejo. De forma geral, esta obra, publicada em 2013 (2019 no Brasil), é um presente do autor para os fãs. A narrativa não adiciona nada de importante à saga, mas apresenta uma boa história, repleta de sarcasmo, suspense e mistério.
Personagens amados pelos fãs, como Jaskier e Yennefer, serão reencontrados. O enredo gira em torno de um problema: durante um contrato de trabalho, Geralt tem seu equipamento roubado.
Não há como um bruxo trabalhar sem suas espadas, fica até difícil se defender de inimigos menos habilidosos. Ele fará de tudo para recuperar suas armas, entretanto, descobrirá que há muito mais por trás desse roubo.
Editora Confiante

Parece que a WMF Martins Fontes está confiante, torcendo para que a série da Netflix alavanque as vendas dos livros.
A editora está reeditando toda a Saga de Geralt de Rívia, apresentando ao público livros com um novo projeto gráfico e em capa dura!
Particularmente, prefiro as capas das primeiras publicações, estampadas por personagens da saga, artes de Alejandro Colucci. Achei o novo design bastante simples, com inspiração chinesa, o que não faz muito sentido. Porém, uma bela coleção em capa dura deixa qualquer fã ouriçado!
Você pode encontrar os livros da série The Witcher AQUI!
Os Videogames
Antes da CD Projekt, a Metropolis Software havia adquirido os direitos para o desenvolvimento de um jogo eletrônico, por volta de 1997. Porém, tal projeto nunca foi adiante.
Anos depois, a CD Projekt negociou com Sapkowski os direitos para um jogo. O autor, ainda que graduado em economia, cometeu uma grande besteira: quis o pagamento adiantado, ao invés de fechar em royalties. Os diretos foram adquiridos pelo estúdio por cerca de 10 mil dólares, uma mixaria.
Segundo Sapkowski, naquela época ele não acreditava no sucesso de videogames, e já estava decepcionado com algumas adaptações de suas obras que foram produzidas na Polônia (falarei sobe isso depois).
Contrariando a intuição do autor, a franquia de jogos fez muito sucesso ao longo dos anos. O fato acarretou em desentendimentos entre ele e o estúdio. Contudo, ao que tudo indica, eles chegaram a um novo acordo. Alguns até especulam que um novo jogo do universo de The Witcher possa ser produzido.
A série principal de jogos é composta por uma trilogia de RPG de ação. São eles:
The Witcher

O primeiro game da franquia saiu em 2007, apenas para PC. Havia planos para uma versão de console, entretanto, acabou sendo cancelada por motivos financeiros.
Na época, a CD Projekt era um estúdio inexperiente, sem muito dinheiro e não contava com uma grande equipe de produção. Os produtores, de certo modo, aprenderam o que é criar um jogo durante a produção de The Witcher.
Foi utilizado o motor gráfico Aurora Engine, da BioWare, que já demonstrava estar um pouco datado. Por isso, os gráficos não são tão belos assim, mas a direção artística compensa.

Reflexos da inexperiência do estúdio e do baixo orçamento são vistos nas animações, nos bugs e na dublagem. O combate é truncado e estranho, o jogador precisa de um tempo até pegar o jeito.
A história dos jogos se passa após a conclusão dos eventos vistos nos livros. A CD Projekt criou uma história nova, continuando de onde os livros pararam. Ou seja, não se trata de uma história canônica. Mas é bom ter cuidado, visto que os jogos apresentam spoilers pesados para aqueles que não leram os livros.
Em 2008, The Witcher recebeu uma versão melhorada, que trazia novos modos de jogo e algumas correções. Este jogo vendeu o suficiente para que houvesse uma sequência e, mesmo com todos os problemas apresentados, recebeu boas avaliações, acumulando 81 pontos no Metacritic.
The Witcher 2: Assassins of Kings

Com um maior investimento, a CD Projekt conseguiu contratar mais pessoas e criar seu próprio motor gráfico: a REDengine. Publicado em 2011 para PC, The Witcher 2: Assassins of Kings fez um enorme sucesso entre crítica e público, além de ter vendido muitíssimo bem!
Os gráficos são lindos e impressionam até hoje. A direção de arte fez um ótimo trabalho, assim como a equipe de dublagem. Ou seja, tudo melhorou, até mesmo o combate, que era um grande problema.
Alguns criticaram a linearidade do jogo. Apesar de ser possível fazer escolhas que podem mudar completamente o rumo da história, as missões são lineares. O jogador terá grandes áreas para explorar, de maneira linear, não se trata de um mundo aberto e livre para se aventurar.

Tal linearidade faz com que o game foque mais na história, o que é muito bom. O enredo de The Witcher 2 é incrível, sendo um de seus pontos fortes.
Durante uma visita à Polônia, em 2011, o então presidente estadunidense Barack Obama recebeu um presente do então Primeiro Ministro polonês Donald Tusk: dois livros de Sapkowski e uma cópia de The Witcher 2. Eles sabem mesmo como valorizar uma produção nacional!
Em 2012 este jogo também recebeu uma versão melhorada, que apresentava diversas novidades. Neste mesmo ano, foi publicada uma versão para Xbox 360. Ambas versões acumulam um total de 88 pontos no Metacritic.
The Witcher 3: Wild Hunt

Um game muito aguardado, que criou um hype enorme até seu lançamento. Quem não conhecia a franquia, passou a conhecê-la a partir dele, e certamente acabou se tornando fã!
Este é um verdadeiro RPG, com um mundo aberto e vasto, liberdade, muitas missões secundárias, escolhas que importam, muito combate e segredos para desvendar. Não é à toa que o game venceu diversos prêmios de “jogo do ano”.
Publicado em 2015 para PC, PlayStation 4, Xbox One e, posteriormente, para Nintendo Switch, o jogo é até hoje um parâmetro para RPGs e para gráficos bonitos. Este jogo elevou a CD Projekt a outro nível. Agora todos esperam coisas grandiosas do estúdio.

Não houve uma versão melhorada de The Witcher 3: Wild Hunt. Todavia, o game recebeu dois pacotes de expansão: Hearts of Stone e Blood and Wine, que adicionam horas e horas de gameplay. A segunda expansão é praticamente um jogo novo!
Vendo o sucesso que a franquia passou a fazer no Brasil, The Witcher 3 foi publicado completamente em português, tanto os textos como a dublagem (que ficou muito boa, aliás!).
A versão de PC acumula um total de 93 pontos no Metacritic!
Série da Netflix

Muita gente passará a conhecer a história de Geralt de Rívia — e quem sabe até se tornar fã — graças à série produzida pela Netflix, cuja primeira temporada estreou em dezembro de 2019.
A Netflix é conhecida por produzir algumas adaptações um tanto quanto ruins, o que fez muita gente ficar com um pé atrás. Sem falar que Game of Thrones — sem querer fazer qualquer tipo de comparação — elevou o nível de produções com temática medieval. Ou seja, a série precisava ser no mínimo boa.
Houve muita crítica em relação ao elenco contratado. Será que Henry Cavill, conhecido por interpretar o Super-Homem nas mais recentes adaptações da DC Comics, entregaria um bom Geralt? E, tirando Cavill, a série não conta com atores muito conhecidos; gastaram boa parte do orçamento com o protagonista.
Os fãs, ao menos a maioria, aguardavam a série, mesmo que receosos. A proposta era interessante: a produção seria baseada nos livros, não tendo nenhuma relação com os jogos. A primeira temporada adaptou os dois primeiros livros (eu falei que eles eram importantes).

Mas e aí, a série The Witcher é boa? Após assistir à primeira temporada, posso dizer que a Netflix entregou um trabalho competente. Tirando os secundários, a atuação dos atores principais é boa e convincente. Cavill, que é fã dos jogos, se dedicou ao papel e se saiu bem. Os oito episódios desta temporada apresentam boas horas de diversão.
Como pontos positivos, temos as batalhas bem coreografadas, o enredo, alguns monstros ficaram muito legais, sem falar na trilha sonora. Já os pontos negativos ficaram por conta de alguns efeitos visuais pouco convincentes, algumas criaturas mágicas ficaram horríveis (como um dragão), e as histórias de Geralt, Yennefer e Ciri são apresentadas fora de contexto, pois são linhas temporais diferentes, só que nada indica isso. Quem está conhecendo a história agora, corre sério risco de ficar muito confuso.
Como toda adaptação de obra literária, há mudanças. Quem leu os livros ficará desapontado com algumas, assim como com certas escolhas de elenco, exibindo atores que não têm o perfil dos personagens (como o ator que interpreta Vilgefortz).
Vale a pena assistir à série. Apesar de a crítica não tê-la recebido tão bem assim — acumula, no Metacritic, um total de 53 pontos — o público gostou, como podemos ver pela nota 8,5 no IMDB. Sem falar que a internet já está fazendo um monte de memes sobre Geralt e suas poucas palavras.

Por isso, é fácil afirmar que a série trará um novo público ao universo do bruxo, angariando novos fãs. E os produtores estão confiantes, afirmando que há planos para mais seis temporadas.
Em breve a segunda temporada será filmada e a previsão de lançamento é para 2021. Até lá, dá tempo para jogar os games e ler alguns livros.
Ficou curioso? Assista ao trailer da série:
A Série da Netflix Não Foi a Primeira!

Sabia que a série da Netflix não foi a primeira? Quando Andrzej Sapkowski vendeu os direitos para a CD Projekt, ele não estava confiante no projeto de games, afinal, em 2001 estreou nos cinemas poloneses o filme Wiedźmin, uma adaptação das aventuras de Geralt de Rívia.
A produção contou com baixo orçamento, péssimas atuações e efeitos ruins, o que gerou inúmeras críticas. Ou seja, foi um filme muito mal recebido, por todos.

Por incrível que pareça, em 2002 a rede de TV Telewizja Polska transmitiu uma série de treze episódios, que adaptavam as histórias dos dois primeiros livros da saga. O nível da produção foi melhor, mas não o suficiente para agradar crítica e público, muito menos os fãs.
Quem interpretou nosso querido Geraldão nessas duas adaptações foi o ator polonês Michał Żebrowski.
O Que Esperar Agora?
Podemos esperar, quem sabe, que a série da Netflix venha a se tornar um sucesso mundial. É possível, muita gente gostou da adaptação, que está sendo muito comentada na internet.
Espera-se, também, que mais pessoas conheçam a fonte de tudo, os livros. A leitura é sempre importante e adaptações desse tipo são um incentivo, deixam as pessoas curiosas para saber mais a respeito das obras.
Recentemente, na plataforma de jogos digitais Steam, foi registrado um pico de 93.835 jogadores simultâneos em The Witcher 3: Wild Hunt. Tem mais gente jogando agora do que na época em que o game foi lançado! A série tem boa influência em tais números.
O que eu espero? Que você tenha gostado deste post! Espero que tenha sido um bom guia, que você tenha encontrado informações novas e, talvez, se interesse pela série, pelos livros, pelos jogos.
Dê uma chance ao bruxo, conheça-o! Você não vai se arrepender. O universo criado por Andrzej Sapkowski é rico e vai te surpreender!
Obrigado pela leitura! Gostou? Então deixe um comentário, quero saber sua opinião!
Abraço e até mais,
Alan Martins
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Acabei de ler hoje o segundo livro da senhora do lago e passei o tempo todo a perguntar me onde raio estariam as cenas do jogo wild hunt! Não tinha ideia que os jogos eram uma continuação dos livros 😵 Obrigada pelo seu artigo! Amei!! Foi uma grande ajuda! Fiquei com vontade de reler todos os livros de novo! 😂
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Obrigado pelo comentário!
Seria legal se, em jogos futuros, os desenvolvedores focassem nos livros, tem histórias muito boas, daria para ficar um jogo bem legal também. Seria épico!
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Partiu assistir.
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Cara, eu tava pensando em assistir. Acho que depois de ler isso eu vou criar coragem para começar. Valeu.
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Dê uma chance, sim! A série não é perfeita, mas é legal. Você vai gostar do universo do bruxo Geralt!
Obrigado pelo comentário!
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Não concordo que a Netflix tenha entregado um trabalho competente… Acho a série cheia de defeitos… lol Mas eu gostei de assistir mesmo assim. Haha
Minha esposa já esteve em Łódź. Diz que é uma cidade muito ‘triste’.
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Eu também acho que poderia ter sido uma série melhor adaptada. De certo modo, os episódios ficaram corridos, a história aconteceu bem rápido.
O orçamento não era tão grande, quem sabe isso não mude para as próximas temporadas.
Talvez o fato de Łódź ser uma cidade triste justifique o fato de autor dos livros ser um tanto quanto ranzinza! 😂
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😂
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oi alan
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Quis dizer ação, acima…
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Ops… quis dizer “ação”, acima…
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Sou um chato. Vi alguns capítulos na espera de me empolgar e… nada! A modulação da voz do protagonista e a esterna uta entre o bem e o mal, capitaneada pela vingança e pela ganância, explicitamente apresentadas como motor da “a~]ao” não me empolgaram. Mas repito: sou um cato! Foi muito bom ler sua resenha mais que competente, como sempre! Abraço!
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Obrigado!
Acho que a história vai melhorar na próxima temporada. Confesso que não gostei de como muitas coisas foram apresentadas na série, gerou certa confusão, além de o enredo ser muito explícito, como em relação ao destino.
Estamos juntos, também sou um chato, ainda mais por ter lidos os livros, fico fazendo comparações!
Abraço!
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