+ 5 Livros ‘diferentões’

Meme Lá vem o diferentão livros
Lá vem o “diferentão”! / Imagem: imgflip

Quando pensamos em um livro, temos uma visão padrão do formato, do estilo, de como ele deve ser segurado e lido. Um livro é um livro e cumpre sua função, há séculos, da mesma maneira, sem mudar muita coisa.

Porém, como já mostrei em um post, há editoras que apostam em produtos diferenciados, em livros que apresentam um design que foge do padrão, algo mais divertido, que chame a atenção do leitor. Muitas editoras têm investido nisso, em tornar o livro um objeto único, especial e chamativo.

Separei outros cinco livros que trazem a proposta de serem diferentes. Conheça agora algumas edições que se destacam por algumas peculiaridades. Aposto que você nunca viu livros tão “diferentões” assim!


O vermelho e o negro Martin Claret1 – Cadê a lombada? (O vermelho e o negro – Martin Claret, 2018): A editora Martin Claret passou por uma reformulação, buscando uma nova identidade, após ter passado por um período conturbado. E, felizmente, a editora conseguiu dar a volta por cima e, ultimamente, tem publicado belas edições de clássicos da literatura mundial, com boas traduções. Um lançamento de 2018 chamou a atenção. Trata-se da obra ‘O vermelho e o negro’, um clássico do autor francês Stendhal. Uma edição em capa dura, com um design bonito e minimalista. Porém, olhando o livro por outro ângulo, nota-se que uma parte dele está faltando: a lombada! A intenção da Martin Claret foi apresentar um design diferente e incomum, e um livro sem a lombada, exibindo apenas o miolo costurado (com linha preta e vermelha), não é nada comum. A falta da lombada permite uma abertura completa do livro, em 90°, o que pode facilitar a leitura (ou não). Com tradução do francês, feita por Herculano Villas-Boas, eis aqui um clássico numa edição distinta.

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Box Zahar Clássicos Brilha no Escuro2 – Box que brilha no escuro (Clássicos – Zahar, 2014): Muito aclamada pela publicação de obras clássicas, em lindas edições e com ótimas traduções, a Editora Zahar tornou-se sinônimo de qualidade. Porém, tanta qualidade assim tem um custo. Pensando nisso e visando um público mais amplo, a editora passou a publicar seus clássicos em edições de bolso, mas ainda em capa dura. São as chamadas “edições de bolso de luxo”, que mantém a qualidade, só que por um preço mais acessível. O diferencial, nesse caso, não são as edições em si, mas sim um box composto por quatro obras clássicas nesse formato de bolso de luxo: ‘Alice’, ‘Contos de fadas’, ‘O mágico de Oz’ e ‘Peter Pan’. O que esse box traz de diferente é o fato de a caixa brilhar no escuro! Isso mesmo, os detalhes do design desse box brilham no escuro, o que pode dar um visual muito bacana em qualquer estante. Bem diferente e bonito, não?

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Livro A Noite dos Mortos-Vivos DarkSide3 – Livro furado (Noite dos mortos-vivos – DarkSide Books, 2018): Para comemorar os cinquenta anos do filme ‘A Noite dos Mortos-Vivos’, um clássico do terror, dirigido pelo icônico George Romero, a DarkSide Books resolveu apostar em algo fora dos padrões. A obra em si é uma adaptação das histórias dos filmes ‘A Noite dos Mortos-Vivos’ e ‘A Volta dos Mortos Vivos’, e foi escrito por John Russo, que também escreveu a história desses dois filmes. Essa edição da DarkSide Books, com toda certeza, presta uma bela homenagem; livro em capa dura, com pintura trilateral. Quem fez o design dessa edição teve uma bela sacada. É muito comum, nos filmes, um zumbi morrer com um tiro na cabeça. Se você prestar atenção na capa dessa edição, verá que há um furo na testa do zumbi que a estampa, com sangue escorrendo e tudo. A grande surpresa é se tratar de um furo real, que atravessa todas as páginas, dando continuidade ao design na contracapa, que representa a parte de trás da cabeça do zumbi. Se você comprar esse livro, não se assuste. O furo é intencional, não se trata de uma avaria!

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Livro Destrua Este Diário Capa4 – Um livro para ser destruído (Destrua este diário – Intrínseca. 2013): Ler é divertido, todavia, é uma atividade monótona e solitária. Tendo isso em mente, alguns autores buscar maneiras para tornar o livro um objeto mais interessante, principalmente para os mais jovens. Em ‘Destrua este diário’, da canadense Keri Smith, o leitor é estimulado a realizar diversas atividades com o livro, até o ponto em que ele vai acabar sendo destruído (literalmente). A intenção dessa obra vai além da leitura, é também uma grande brincadeira. A cada página há um objetivo, ou desafio, diferente, como uma página para escrever palavrões, outra para fazer desenhos e, até mesmo, uma que solicita que café seja derramado sobre o papel (o terror das pessoas que tratam seus livros como tesouros). Cada leitor cumprirá essas tarefas à sua maneira, o que tornará cada edição única e pessoal. Uma proposta diferente, que visa dar nova cara e função ao livro. Ficou com vontade de embarcar nessa brincadeira?

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Livro Alice no País das Maravilhas Martin Claret5 – De trás para frente (Alice – Martin Claret, 2015): A obra de Lewis Carroll é um clássico universal, inspiração para a literatura, o cinema e o teatro. E, ao longo dos anos, inúmeras edições já foram publicadas, cada uma com suas peculiaridades. Em 2015, a Martin Claret resolveu publicar uma edição um tanto quanto diferenciada, composta por ‘Alice no País das Maravilhas’ e sua continuação, ‘Alice através do espelho e o que ela encontrou por lá’. À primeira vista, até parece uma edição comum, com várias ilustrações, muito colorida. Nesse caso, o que há de diferente é a maneira que o leitor segura o livro para ler cada uma das histórias. Segurando o livro com a capa azul na posição correta, será possível ler ‘Alice no País das Maravilhas’. Mas, virando o livro de ponta cabeça, girando-o de modo que as capas se invertam, o leitor poderá iniciar a leitura de ‘Alice através do espelho e o que ela encontrou por lá’ (nas imagens abaixo, fica mais fácil compreender o que quero dizer). Uma escolha de design diferente e inteligente, que quebra o sentido comum de uma leitura. Nada comum, não é mesmo?

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O que você achou desses livros? São bem diferentes, né?

Já conhecia algum deles? Gostou dessas curiosidades? Deixe aí nos comentários sua opinião, que é muito importante para mim!

Alan Martins


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Autor: Alan Martins

Graduado em Psicologia. Amante da Literatura, resenhista e poeta (quando bate a inspiração). Autor e criador do Blog Anatomia da Palavra. Não sou crítico literário, porém meu pensamento é extremamente crítico. Atualmente graduando em Letras.

10 pensamentos

  1. Muita onda a cara da galera uhahuahuauhahuau Ótimo post! Não sabia destas edições diferentonas. A edição do “O Vermelho e o negro” foi a que achei mais interessante. Lembrou-me de algumas edições da Cosac Naify. Uma do bartleby, você tinha que rasgar o livro.

    Curtido por 2 pessoas

    1. São edições bem legais mesmo, justamente por fugir do padrão, por apresentar um novo formato de “utilizar” o livro. Algumas editoras se superam!
      Esse da Cosac eu nunca vi, e nunca verei também, porque a editora fechou… 😦
      Obrigado pelo comentário.
      Grande abraço.

      Curtido por 2 pessoas

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