A ideia para esse poema me veio há tempos atrás. Eram apenas os primeiros versos, que já passavam boa ideia sobre o que se trata, mas eu não sabia como continuar. Bem, na verdade eu achei melhor deixar a ideia amadurecer por si e voltar a pensar nela quando me sentisse mais preparado.
Acredito que a hora chegou. Apenas você, leitor, é quem pode dizer se o resultado ficou positivo. A “massa” parecia bem fermentada, pronta para entrar no forno.
Os versos falam sobre a culpa, essa é uma triste história de amor. A culpa sempre procura pelo perdão, e este é garantido pelo amor verdadeiro. Isso é o que saiu do forno:
Ao mar
Me lancei ao mar
que havia em seu olhar.
Suas lágrimas,
minhas lástimas.
Quando te fiz chorar,
naufraguei em pesar.
Cá estou sob oceanos,
onde momentos parecem anos.
Imerso em água turva,
ruminando minha culpa.
Ah, se fácil fosse
retornar à superfície de seu amor doce!
Logo ficarei sem ar,
tempo a esgotar.
Preciso encontrar uma saída
que me leve para cima.
Esse não pode ser o fim!
Ai de mim!
Gostaria de enxugar,
todo esse mar
do seu olhar.
Antes de me afogar,
poder ver o paraíso,
o sol nascer com seu sorriso.
É a imagem que desejo
e, quem sabe, lhe roubar um beijo!
“Aprendi com minha estupidez.
Basta de me lançar!
Foi a última vez!”
Digo ao mar.
“Chegou o tempo de aridez.
Nada de lágrimas derramar!”
Alan Martins

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Eu gostei muito desse poema!!!
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Me alegra muito saber que gostou!
Obrigado pela visita!
Abraço. 😀
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a poesia é um gênero muito complexo, onde a palavra se desdobra e encontra várias soluções estéticas e técnicas e o autor, por dentro com toda a gama de emoção possível, moldando-a às ondas da criatividade. é um texto rico, denso, com uma dose de emoção que vai permeando os versos. tenho lá, Alan, um certo “medo” de rimas, nada contra por óbvio, porém teu poema se resolve muito bem. continue. um grande abraço.
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Também tenho medo de rimas, ao serem forçadas e tirarem o sentido do texto, ou por limitá-lo. Quem escreve deve ficar atento a isso, caso a mensagem que queira transmitir seja limitada, é melhor deixar as rimas de lado. Porém, ao mesmo tempo, elas me fascinam. O importante é ter o bom senso.
Fico muito grato pro suas palavras e feliz que tenha gostado do poema.
Obrigado pela sua visita. Grande abraço.
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Incrível! Parabéns!
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Muitíssimo obrigado!
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Esse poema vem da imaginação ou da dor?
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Imaginação, na maior parte. Mas a ideia feio de discussões bobas que, às vezes, a gente tem. Claro, na literatura sempre aumentamos as coisas, pra dar uma romantizada e ficar mais artístico e interessante. 😜
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Eu sei… Também sou dramático… 😀 haha
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Drama rules! 😂
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😂 rsrsrsrsrs
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Que poema magnífico, Alan! É de uma singularidade realmente esplêndida 🙂 gostei bastante de saborear essa obra.
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Acho que foi uma boa hora de retirar o poema do forno então! Muito obrigado, é muito bom saber que gostou dessa maneira! 😀
Muito obrigado pela leitura.
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Seu poema tem sabor e cor bem portugueses. Talvez por influência de leituras outras (Harold Bloom está certo…) talvez por fertilidade imaginativa. Você tem a verve. Você sente. Suas palavras são densas e as imagens tocantes. Um bonito poema. Devo confessar minha abissal resistência à rima. Talvez seja efeito do tempo de ofício que me obriga a passear por modelos hoje não tão em voga. Ossos do ofício… A lida docente com a Literatura também traz efeitos um tanto nefastos. Em síntese: gostei! Claro que está que esta declaração em nada vai mudar o seu ímpeto poético, mas o espaço de manifestação (ainda) é livre. Parabéns!
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Fico muito lisonjeado com suas palavras! É muito bom saber que gostou assim e que minhas palavras consigam transmitir imagens que causem esse tipo de sentimento. Muito obrigado pelo comentário! Me deixa muito feliz.
Desculpe perguntar, mas eu não sei a resposta: pelo o que você falou, deu a entender que leciona Literatura. É isso mesmo?
Grande abraço.
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