Organizações que aprendem e Gestão do Conhecimento

gestao_pessoas_destaque
Imagem: Geralt. Publicada sob Licença (CC0 1.0). Disponível em: Pixabay.

As organizações do século XXI têm investido pesado na gestão do conhecimento, pois isso é algo que pode diferenciar uma empresa das demais. O conhecimento sobre um bem, um produto ou cliente passa a ser uma informação valiosíssima para uma empresa. Temos hoje o desafio de se considerar a gestão do conhecimento como ferramenta estratégica, como uma forma de gerir pessoas que busque a eficiência e eficácia, pois só dessa maneira uma empresa pode sobreviver nessa nova realidade, que é a Era das Informações.

A criação de valores que se transformam em estratégias competitivas nesse mercado competitivo é uma vantagem que uma empresa pode obter sobre outra. Um dos pilares das iniciativas de gestão de conhecimento no âmbito organizacional é a infraestrutura tecnológica, pois proporciona segurança, disponibilidade e acesso rápido ao conhecimento.

Há alguns pontos importantes que a empresa deve viabilizar para a implantação da gestão do conhecimento. Os portais corporativos, que auxiliam a tomada de decisões, por ser uma forma de acesso rápido a um número enorme de informação. Os sistemas de gestores de conteúdo visam a facilitação da codificação e a publicação de conteúdos de maneira imediata. As comunidades práticas são grupos de pessoas, unidos por especialidade, onde compartilham o conhecimento. O ensino à distância, um método de ensino que utiliza a tecnologia como método, em tempo e espaço não-fixos.

Atualmente, as empresas dependem cada vez mais de dados e informações, além de um canal de comunicação que viabilize a manipulação desses recursos. As organizações que aprendem apresentam maior evolução, pois conseguem compartilhar conhecimento e promover a aprendizagem. Essas organizações são formadas por pessoas que sempre estão em busca de aumentar a capacidade de criar resultados. Elas aprendem através do indivíduo, para depois se tornar algo compartilhado. É preciso que a organização enxergue além, removendo qualquer tipo de barreira, dando voz aos seus colaboradores (atualmente é preferível a utilização desse termo em substituição de “funcionário”, que coloca a pessoa como uma ferramenta da empresa — simbolismos que contribuem para uma melhor gestão empresarial).

Para uma organização aprender a reaprender, ela deve dominar algumas disciplinas básicas. O domínio pessoal, que possibilita a expansão da visão pessoal. Os modelos mentais, relacionados a modificações administrativas. A visão compartilhada, a necessidade de um compartilhamento mútuo entre os membros da empresa. A aprendizagem em equipe, onde se presa pelo trabalho em equipe em busca do conhecimento. O pensamento sistêmico, que é uma síntese de todos os outros conhecimentos.

Algumas deficiências podem deixar uma empresa vulnerável, por isso é importante que ela as identifique e trabalhe para corrigi-las. É preciso que uma empresa trabalhe em busca de uma harmonia entre funcionários e organização, sempre prezando o diálogo entre as equipes de trabalho, tornando-se uma empresa que aprende com erros e acertos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SANTOS, Valério Givisiez Vilete. A gestão do conhecimento e as organizações que aprendem. Revista Eletrônica FACE, Aracruz, p.1-16, nov. 2012.


O mundo mudou e passou por diversas transformações ao longo das décadas, principalmente após a Revolução Industrial. O mesmo ocorreu com as organizações. Na primeira metade do século XX, a Era da Industrialização Clássica, o poder dentro de uma organização era centralizado e os funcionários cumpriam ordens, dentro de uma hierarquia verticalizada. Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por diversas mudanças, Essa foi a Era da Industrialização Neo-Clássica. Foram criados modelos menos centralizados, chamados de laterais. Nessa época que os Recursos Humanos (RH) foram “criados”. Os funcionários eram vistos como recursos das empresas, assim como uma máquina ou ferramenta também é um recurso da mesma.

Na década de 1990, houve uma grande revolução tecnológica, o que dá início à Era da Informação. As empresas precisaram se adaptar a esse novo momento, onde o fluxo de informações é muito rápido e constante. O trabalho precisa ser rápido e eficiente. Hoje temos a Gestão de Pessoas, que é uma evolução do RH. Hoje se preza pela colaboração entre todos em uma empresa, vemos o poder mais descentralizado, a hierarquia não é clara. São modelos que prezam pelo diálogo e o conhecimento. O mundo mudou, todos precisam se adaptar. Um dos modelos mais eficientes da atualidade é a Gestão de Pessoas, que, em um futuro não muito distante, será substituído por outro, mais eficaz.

As mudanças estão sempre aí, é mais interessante se adaptar à elas do que tentar manter uma tradição pautada em modelos antigos e ineficientes.


Parceiro
Amazon banner livros universitários
Clique e confira grandes descontos!

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Autor: Alan Martins

Graduado em Psicologia. Amante da Literatura, resenhista e poeta (quando bate a inspiração). Autor e criador do Blog Anatomia da Palavra. Não sou crítico literário, porém meu pensamento é extremamente crítico. Atualmente graduando em Letras.

7 pensamentos

  1. Tempo atrás pensei em escrever um texto – O fator humano -, espécie de um somatório de experiências e leituras, filmografias ( o filme Sully ) que mostram que a tecnologia por mais avançada que depende do ser humano. Empresas que investem no conhecimento até onde pude perceber e isso é apenas uma reflexão faz gerencia de pessoal restrito ao objetivo pouco, muito pouco, em questões digamos macro da vida. Teu post está bem colocado para essa reflexão. Abraço.

    Curtido por 2 pessoas

    1. Obrigado. Por mais que a tecnologia avance, acho que o humano sempre será preciso, mesmo que em menor número, porém não em todas as áreas. No mundo empresarial existem muitas tendências, até umas que visam mais a questão do bem estar da pessoa. Esse texto, você escreveu?

      Curtir

Deixe um comentário