“Do mesmo autor de ‘Clube da luta'”
Título: No Sufoco
Autor: Chuck Palahniuk
Editora: Leya
Ano: 2015
Páginas: 272
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Esse é o primeiro post desse tipo, onde pretendo dar minha opinião sobre algum livro que acabei de ler. Não pretendo dar muitas informações sobre o enredo em si; o que realmente quero é passar minha visão sobre o título e compartilhar minhas experiências de leitura, dessa forma tentando ajudar a espalhar a cultura da leitura. Também não tenho a intenção de ser muito longo, uma opinião pode ser bem clara e rápida, sem a necessidade de muita enrolação.
Chuck Palahniuk é conhecido por ser o autor de “Clube da Luta”, livro que inspirou o filme homônimo e que hoje é considerado um cult. Alguns críticos dizem que “No Sufoco” é um “Clube da Luta para sexólatras”. Isso não deixa de ser verdade, pois ambos compartilham vários elementos em suas narrativas: protagonistas com algum problema sério em sua vida, uma mulher “louca” que entra na vida deles, personagens que vivem fora das regras da sociedade.
O vício em sexo é um assunto abordado no livro e é algo pouco divulgado e discutido, ao menos nas grandes mídias. Esse vício pode ser tão degradante para uma pessoa quanto o vício em álcool ou qualquer outra droga, além de causar um grande estrago na vida social. Esses assuntos são abordados de forma bem sarcástica pelo autor, assim a leitura não se torna algo pesado nem chato. É divertido ir acompanhando a vida de Victor Mancini e seus problemas pessoais, algumas partes são realmente engraçadas. Trata-se de um humor negro, mostrando a realidade de como as pessoas podem medíocres e se importar com coisas tão pequenas, usando também problemas de vício e doenças nessa mistura.
Não é uma leitura para todos, pois há momentos explícitos (nada demais também), e não é todo mundo que lida bem ou gosta desse tema. Também não trara-se de uma história de sacanagem. Colocar esses elementos é a maneira do autor ser sarcástico e tacar em nossa cara verdades que não percebemos, ou fingimos não perceber. A narrativa traz uma mensagem no meio de todo esse clima dark. O protagonista luta contra seu vício e mostra como é difícil essa batalha e como pode ser desanimador não conseguir vencê-la. Os problemas podem tomar conta de nós e fazer com que nos sintamos um lixo, o pior tipo de pessoa. Isso mostra uma falta de autoconhecimento, uma falta de confiança. Negamos ser quem somos, não enxergamos como somos importante para alguém e acabamos tentando ser aquilo que não somos. Colocamos nossos problemas á frente de tudo e de todos. Nos tornamos egoístas. Acredito que a maior crítica desse livro é o egoísmo.
Recomendo a leitura dessa obra. O livro é bem curto e bem fácil de ler. Aquele tipo de leitura prazerosa, que não cansa. Há várias reviravoltas no enredo, momentos que surpreendem de verdade e que são bem engraçados. Com toda certeza não é uma história convencional, esse é mais um motivo para conhecer um pouco sobre esse autor. Ler algo diferente do que se está acostumado faz bem, quebra a rotina e renova a vontade de ler outras coisas. O romance também virou filme, assim como “Clube da Luta”, e leva o título de “Choke – No Sufoco” (Choke é o título original do livro, em inglês). O longa tem o ator Sam Rockwell (Á Espera de um Milagre, Lunar) no papel do protagonista Victor Mancini. Ainda não tive a oportunidade de assistir ao filme, porém está na minha lista. Se for como o livro, deve ser um bom filme.
Minha nota (de 0 a 5): 4
Alan Martins

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